É difícil mensurar o reflexo do incerto
As horas perdidas, pensadas no talvez, no quase e na possibilidade
O movimento das pernas, ora à direita - ora à esquerda, não pára
O roer lateral dos dedos - tão vitimizados
Os dias que, somados à espera de respostas, tornam-se anos
E os cabelos, vagarosamente, adquirem novas colorações
Ah!! Se passassem pelas reflexos, o que será que será?
Tão certo e conhecido que é, mas sem finalidade
Ainda na carne, vivemos as angústias do incerto
O temor da possibilidade
E a eloquente afirmação do "talvez"
Somado ao tão famigerado "Será?"
E o que será?
Ponto: angústia constante.
Franciny Tavares.