terça-feira, 25 de maio de 2010

No traçar dos meus passos

Caminhei por caminhos advindos da luz
Percorri espaços, percorri em agonia, percorri em sentidos,
Cansei, transpirei, e também sorri
Pessoas passaram, pessoas chegaram
Vi formas, ouvi nomes, senti abraços, chorei, Corri!
Percorri lugares que não imaginei percorrer
Percorri sonhos agregados de esperança ilusória dos meus olhos acobertados pelo calor de outros olhos e seguidos de sorrisos
Percorri caminhos com pouca luz, agonia, frieza e dor
Mas tive a oportunidade de chegar a um desvio ínfimo de luz e voltar ao percurso
Percorri por concretos, por verdes macios, por terras, por mar e sob o sol
Conheci, enxerguei, admirei e refleti:
Os passos que contemplaram meus caminhos não são os mesmos
que contemplam minha direção
Cada passo que dei, deixou de ser rastro, perdeu-se no compasso
do tempo passado
Então, meu caminho pode ser novo, basta eu traçar minha trajetória
Meus passos se afastam da minha direção, afastam-se de mim.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

São dois lados.

Com ou sem razão os atos chegam e nós? Agimos...

Com ou sem razão a saudade bate e nós? Sentimos...

Com ou sem razão o orgulho passa e nós? Deixamos...

Com ou sem razão a paixão ainda vive e nós? Apaixonamos...

Com ou serm razão as lembranças voltam e nós? Lembramos...

Com a razão sei que nada adianta agir, nada adianta ter saudade, nada adianta deixar o orgulho, nada adianta lembrar, a paixão aqui dentro não pode voltar, não deve seguir, a paixão deve partir, sumir, ir...

Sem razão sei que agir, ter saudade, não ter orgulho, lembrar, e voltar a sentir pode levar ao presente e quem sabe um futuro?

E nesse impasse, eu prefiro, na maior parte do tempo, não pensar na razão e não pensar na emoção. Apenas, não pensar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O CRESCER

São sete letras
São várias emoções
São tantas mudanças
São evoluções

Deixam-se os costumes
Vencem-se os medos
Criam-se valores
Surgem novos medos
Ficam as lembranças
Vão-se os anos
Anos de G-L-Ó-R-I-A
Onde os olhos brilhavam ao verem uma boneca
Onde as lágrimas desciam pelo presente negado
Onde uma afago de "bom dia" e um "beijo de boa noite" eram adocicados
Foram-se os risos por um desenho visto
Foram-se os choros por um brinquedo quebrado
Foram-se os gritos por doces roubados
Passaram-se os lápis, os giz de cera
Passaram-se os cadernos de caligrafia e também pintura
Passaram-se as lutas com o velho irmão
Ficaram as saudades dos velhos amigos
Ficaram as dores do que já disseram "adeus"
Ficaram as lembranças de uma infância
Agora, a vida adulta
Agora, a cobrança
Agora, o medo de deixar a "infância"
Lá vai embora a menininha
E vem chegando uma nova história.
Mas a menininha não foi para sempre
Ela apenas dorme para que a mulher possa passar
Mas quando em casa chegar,
Quando o pai encontrar,
Quando a mãe acarinhar,
Quando a avó abraçar
E o irmão perturbar,
Lá estará ela, cheia de glória
Cheia de história
E encontra-se-á:
Na pureza,
Na inocência,
Na esperança,
Nos olhos cheios de sonho da linda criança que teve que crescer.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Perdão

Hoje, não sei a razão pela qual passei a pensar sobre, entendi o que é o perdão e a importância dele sob nossas vidas e sob a nossa paz interior. O perdão é o caminho para um caminho de felicidade e paz, saber perdoar é reconhecer que todo ser humano pode errar e que pode magoar, e ele (o perdão) é mostrar a evolução de se saber compreender e não se magoar, não se machucar com o mau ato. O perdão mostra que não somos melhores para nos julgarmos vitimas por alguém, pois também já magoamos e também desejamos o perdão de alguém. Isso não quer dizer, que quem perdoo se permite ser " passado para tráz ", mas com certeza consegue ir muito adiante do que os que guardam mágoas, pois a mágoa nos leva ao passado e, racionalmente, voltar para o passado é retroceder.
Sim, eu posso dizer que estou aprendendo a perdoar, e pretendo aumentar esse sentimento em mim, para que eu possa seguir adiante e evoluir.

(Aprende-se com os fatos da vida!!!)

domingo, 16 de maio de 2010

Ela que é dona de si

Ela nunca sabe onde tocam seus pés
Ela nunca sabe quando começam as estações
Ela nunca sabe distinguir uma ironia de uma afirmação
Ela não sabe como falar as horas em inglês
Ela não sabe qual é o dia da nação
Ela não sabe como tocar um violão
Ela não é de ninguém
Ela não é Maria
Ela não é Tereza
Ela é alguém, na sua certeza
Ela sabe qual é o seu nome
Ela sabe qual é o seu tempo
Ela sabe o que a faz feliz
Ela sabe o que é ser feliz
Ela sobe
Ela desce
Ela nunca cai
Ela é rainha
Ela é rei
Ela é o que quer ser
Ela será o quiser
Ela tem a chave do mundo
Ela é dona de si
Ela tem o seu coração.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um tempo ou Agora?
Eu queria um tempo ou agora
Jogar tudo fora
E, talvez não voltar
Correr sob meus limites
Deixar tudo e todos feito lembranças frescas
Eu queria por um tempo ou agora
Apagar as lembranças daquele tempo
Em que fui alguém com olhos aveludados
Que sentia o aroma rosado da vida
Eu queria por um tempo ou agora
Dizer um breve "até logo"
Olhar o horizonte que me cercar
E nada pensar, inferir, refletir...
Eu queria por um tempo ou agora
Deixar as angústias extravasarem pela minha pele
Ultrapassarem as paredes do meu coração
E misturarem-se ao vento
Ventania
Eu queria por um tempo ou agora
Guardar na memória
As minhas palavras
As minhas constantes
As minhas incertezas
Os meus desequilíbrios
Os meus risos
O meus choros
As minhas vitórias
As minhas derrotas
Os meus amores
As minhas desilusões
Guardar
no intuito, a mim
Tendo a certeza de que vivi cada um desses momentos
Por um momento ou por agora.


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Desabafos

Tem hora que penso na vida com medo,
Outras, em que penso nela com certeza.

Questiono-me: Até quando presenciarei as mudanças ao meu redor?
Concluo: Até quando eu desejar aprender.

Todo dia, na vida, é um ensinamento (ou deveria ser, perde quem não busca aguçar os olhos, ouvidos). Quando ando, observo as imagens a minha volta, às pessoas, às vegetações, as flores, a arquitetura, tudo tão lindo que dá medo de perder. Imagino tanta coisa. Imagino-me aos 30, aos 40, 50...90 anos!
Imagino as viagens, Imagino a vida! É tão poder criar essa expectativa, afinal é o combustível para nossa permanência diária.

As vezes, reclamo da rotina, mas quando não estou sob seus delineamentos, sinto saudades. Com a rotina, percebo o quão me aprimora a cada dia. Quão madura me torno, ah é uma sensação de crescimento.

Definitivamente: Estou crescendo, aprendendo e desejando, isso é excelente!