terça-feira, 3 de agosto de 2010

O Relato da Espera: a Antecipação da Angústia
É difícil mensurar o reflexo do incerto
As horas perdidas, pensadas no talvez, no quase e na possibilidade
O movimento das pernas, ora à direita - ora à esquerda, não pára
O roer lateral dos dedos - tão vitimizados
Os dias que, somados à espera de respostas, tornam-se anos
E os cabelos, vagarosamente, adquirem novas colorações
Ah!! Se passassem pelas reflexos, o que será que será?
Tão certo e conhecido que é, mas sem finalidade
Ainda na carne, vivemos as angústias do incerto
O temor da possibilidade
E a eloquente afirmação do "talvez"
Somado ao tão famigerado "Será?"
E o que será?
Ponto: angústia constante.
Franciny Tavares.


terça-feira, 13 de julho de 2010

Tu na vida, tu na realidade: Regrado
Sabes?
O que sabes?
Se não a incerteza do amanhã
Se não a ausência de uma proteção
Se não a verdade polida de uma omissão
Sabes?
Que as horas passam
Mas não voltam?
Que o pôr do sol brilha toda tarde?
Mas tu não olhas
Sem tempo
Sem certeza
Tu não caminhas
Tu não observas
Que o dia é lindo
Que as manhãs são frias
E as noites cheias de estrelas
Sabes?
Que tu tens hora para acabar
Que as horas não demorar a passar
E que os relógios não adiantarão
Para contar os minutos da tua partida
Então
Por que é que tu não vives?
Por que te agarras nas superfícies falsas de uma vida?
Por que valorizas o que não é valorizável?
Por que te submetes a viver regradamente?
Numa caixa cheia de palavras e normas, e ausente de felicidade
Por que tu não abres os olhos?
Por que não respiras as manhãs?
Por que não te tocas quando acordas?
Por que tu sempre tens os olhos vendados?
Pelas vestes de uma falsa realidade
Tu não vês que tudo o que precisas está simples
Está em tua frente
Na brisa da manhã
que te refrescas
No brilho do sol
que te aqueces
Nas sombras das árvores
que te umedeci
Na noite estrelada
que te inspiras
Por que tu não te agradas?
Por que és tão vazio?
Porque tu não olhas com olhos coloridos
Teus olhos vêem em preto e branco de uma linha limitada
Na realidade espremida de uma vida regrada.
Promissão, 13 de julho de 2010
Franciny Tavares.

sábado, 3 de julho de 2010

Caminho na minha direção

Eu não sei qual é o caminho
Eu só sei qual é a direção
Eu não sei qual é o seu caminho
Nem o rumo do seu coração
Eu só sei que quando eu surgir
Eu quero a luz
No olhar nítido que você conduz
E nessa estrada quero te encontrar
Sozinho
E poder falar
O que o meu coração quer dizer
Eu não sei o caminho
Só sei a direção que vou seguir
Eu não sei qual é o seu caminho
E nem a direção do seu coração
Só sei que quando eu chegar
A luz vai me iluminar
A voz que sai da minha boca
não vai condenar
Os seus gestos,
O seu jeito
De dizer que foi
Que não estará mais ali
Naquele instante
Naquele momento que passamos juntos
Uma vez
Agora é:
Fato passado
Lembranças de um momento que não volta mais
E terei que seguir meu caminho
Naquela direção que só eu sei
E a direção é a mim mesmo
Caminho sozinha
Mas vou chegar a luz
Dos meus olhos nítidos
E ver que:
Eu não posso encontrar
O caminho certo
nos seus passos.
Franciny Tavares

quarta-feira, 23 de junho de 2010


Queria a pureza desse gesto
A pureza desse olhar.
Ah, faz-se lembrança.

domingo, 20 de junho de 2010

O Saber do meu tempo: o nada

Quem sabe uma hora
Eu vá embora sem pressa de me encontrar

Quem sabe uma hora
Eu veja em outrora
As respostas claras para o "tum tum tum" do meu pulsar

Quem sabe uma hora
Eu veja no relógio os ponteiros exatos para o meu renascer

Quem sabe uma hora
Eu vá mesmo embora, e assim, partida, saberei:
Que na hora da minha presença: nada sou.

Franciny Tavares

quinta-feira, 10 de junho de 2010


Espaço vago entre o peito e a emoção: vazio
Palavra de covardia e humana: medo
Esperança em dias de nuvens e cinza: recomeço
Sentimento de estar só diante de tudo e todos: solidão
Auta-reflexão e análise: auto-conhecimento
Sentido único da vida e temido: final
Mistério bem sucedido: vida
Projeto de amor e paixão plena: ilusão
Busca caminho e luz: incrédulo
Busca e olha somente a si: egoísta
Não se percebe e se doa ao outro: altruísta
Indefinido, Indeterminado e Individual: humano

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Realmente, hoje, quero enaltecer-me em palavras, gestos e observações.
Talvez, apenas hoje, fui a manhã fria que cala as vozes despertadas.
Talvez, apenas hoje, fui como o meio do dia que alimenta o cotidiano
Talvez, apenas hoje, fui o final da tarde de outono fria e gélida a causar
calafrios aos corpos em mudança de temperatura.
Talvez, apenas hoje, fui a brisa, o calor, o frio, fui um conjunto de emoções.
Novamente, amanhã, serei alguém cheia de emoções, sensações e pensamentos
Ora vagos, ora completos
Ora compreensíveis, ora inimagináveis,
Novamente, alguém em mudança constante:
Alguém nômade caminhando por direções plenas
Alguém livre numa cadeia de grades invisíveis
Alguém em busca de respostas
Alguém em busca de tudo e de nada
Cheia de antíteses, hipérboles e pleonamos
Viciada em sonhos e emoções
Sob o caminho de luz, turvo e distante
A espera de se encontrar...
A espera de se compreender...
Ao encontro de si
E com a percepção de que:
A vida é feita de caminhos onde o tudo e o nada estão na mesma direção.

se te encontras sob a cabiceira a pensar em quem és e aonde queres estar
parabenizo-te,
alguns deixam de procurar por si e passam a viver o outro,
sem ao menos se sentir
sem ao menos se encontrar
alguns sentem medo de viverem sentimentos
por medo de perderem os limites vazios
de uma alma insegura, fria, mas cheia de vontades de amar.
Ame a ti,
só assim poderás ceder ao outro.
Frase refletida do dia: Não esqueça de reparar na simplicidade: a genealidade está no respirar, no observar e no cultuar do vivo, tocável e admirável.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Mau Plágio

Eu odeio me pegar pensando em você, mesmo depois da amargura que me causou
Eu odeio querer ter notícias suas, mesmo não querendo lembrar da sua existência
Eu odeio cada pedaço de mim quando quer te encontrar, mesmo não conseguindo baní-lo de mim
Eu odeio perder o controle de mim mesma
Eu odeio esse estágio de pura burrice em que me encontro ainda
Eu odeio perceber que ainda sou fraca
Eu odeio todo esse sentimento teimoso que ainda persiste em estar aqui
Eu odeio ter que perder o meu tempo para me iludir com você
Eu odeio tanto essa minha incapacidade de superar, rapidamente
Eu, realmente, odeio. Porque eu sempre evitei, sempre me protegi e quando eu abaixei a guarda, houve a desilusão.
Não que eu acredite em contos de fadas, eles nunca existiram na minha vida
Não pude sonhar, enquanto alguns brincavam na sua infância, tive que aprender a me virar, tive que aprende a sorrir querendo chorar, desde cedo. Isso me fortaleceu, e me ajudou a criar armaduras, mas que ainda falham, ainda me deixam na mão por uma miragem de felicidade instantânea.
Odeio ainda mais porque mostrei-me em alma, minhas fraquezas, minhas forças.
Só consigo odiar esse estágio patético.


Que sáia logo de mim, toda essa bobagem.

terça-feira, 25 de maio de 2010

No traçar dos meus passos

Caminhei por caminhos advindos da luz
Percorri espaços, percorri em agonia, percorri em sentidos,
Cansei, transpirei, e também sorri
Pessoas passaram, pessoas chegaram
Vi formas, ouvi nomes, senti abraços, chorei, Corri!
Percorri lugares que não imaginei percorrer
Percorri sonhos agregados de esperança ilusória dos meus olhos acobertados pelo calor de outros olhos e seguidos de sorrisos
Percorri caminhos com pouca luz, agonia, frieza e dor
Mas tive a oportunidade de chegar a um desvio ínfimo de luz e voltar ao percurso
Percorri por concretos, por verdes macios, por terras, por mar e sob o sol
Conheci, enxerguei, admirei e refleti:
Os passos que contemplaram meus caminhos não são os mesmos
que contemplam minha direção
Cada passo que dei, deixou de ser rastro, perdeu-se no compasso
do tempo passado
Então, meu caminho pode ser novo, basta eu traçar minha trajetória
Meus passos se afastam da minha direção, afastam-se de mim.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

São dois lados.

Com ou sem razão os atos chegam e nós? Agimos...

Com ou sem razão a saudade bate e nós? Sentimos...

Com ou sem razão o orgulho passa e nós? Deixamos...

Com ou sem razão a paixão ainda vive e nós? Apaixonamos...

Com ou serm razão as lembranças voltam e nós? Lembramos...

Com a razão sei que nada adianta agir, nada adianta ter saudade, nada adianta deixar o orgulho, nada adianta lembrar, a paixão aqui dentro não pode voltar, não deve seguir, a paixão deve partir, sumir, ir...

Sem razão sei que agir, ter saudade, não ter orgulho, lembrar, e voltar a sentir pode levar ao presente e quem sabe um futuro?

E nesse impasse, eu prefiro, na maior parte do tempo, não pensar na razão e não pensar na emoção. Apenas, não pensar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O CRESCER

São sete letras
São várias emoções
São tantas mudanças
São evoluções

Deixam-se os costumes
Vencem-se os medos
Criam-se valores
Surgem novos medos
Ficam as lembranças
Vão-se os anos
Anos de G-L-Ó-R-I-A
Onde os olhos brilhavam ao verem uma boneca
Onde as lágrimas desciam pelo presente negado
Onde uma afago de "bom dia" e um "beijo de boa noite" eram adocicados
Foram-se os risos por um desenho visto
Foram-se os choros por um brinquedo quebrado
Foram-se os gritos por doces roubados
Passaram-se os lápis, os giz de cera
Passaram-se os cadernos de caligrafia e também pintura
Passaram-se as lutas com o velho irmão
Ficaram as saudades dos velhos amigos
Ficaram as dores do que já disseram "adeus"
Ficaram as lembranças de uma infância
Agora, a vida adulta
Agora, a cobrança
Agora, o medo de deixar a "infância"
Lá vai embora a menininha
E vem chegando uma nova história.
Mas a menininha não foi para sempre
Ela apenas dorme para que a mulher possa passar
Mas quando em casa chegar,
Quando o pai encontrar,
Quando a mãe acarinhar,
Quando a avó abraçar
E o irmão perturbar,
Lá estará ela, cheia de glória
Cheia de história
E encontra-se-á:
Na pureza,
Na inocência,
Na esperança,
Nos olhos cheios de sonho da linda criança que teve que crescer.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Perdão

Hoje, não sei a razão pela qual passei a pensar sobre, entendi o que é o perdão e a importância dele sob nossas vidas e sob a nossa paz interior. O perdão é o caminho para um caminho de felicidade e paz, saber perdoar é reconhecer que todo ser humano pode errar e que pode magoar, e ele (o perdão) é mostrar a evolução de se saber compreender e não se magoar, não se machucar com o mau ato. O perdão mostra que não somos melhores para nos julgarmos vitimas por alguém, pois também já magoamos e também desejamos o perdão de alguém. Isso não quer dizer, que quem perdoo se permite ser " passado para tráz ", mas com certeza consegue ir muito adiante do que os que guardam mágoas, pois a mágoa nos leva ao passado e, racionalmente, voltar para o passado é retroceder.
Sim, eu posso dizer que estou aprendendo a perdoar, e pretendo aumentar esse sentimento em mim, para que eu possa seguir adiante e evoluir.

(Aprende-se com os fatos da vida!!!)

domingo, 16 de maio de 2010

Ela que é dona de si

Ela nunca sabe onde tocam seus pés
Ela nunca sabe quando começam as estações
Ela nunca sabe distinguir uma ironia de uma afirmação
Ela não sabe como falar as horas em inglês
Ela não sabe qual é o dia da nação
Ela não sabe como tocar um violão
Ela não é de ninguém
Ela não é Maria
Ela não é Tereza
Ela é alguém, na sua certeza
Ela sabe qual é o seu nome
Ela sabe qual é o seu tempo
Ela sabe o que a faz feliz
Ela sabe o que é ser feliz
Ela sobe
Ela desce
Ela nunca cai
Ela é rainha
Ela é rei
Ela é o que quer ser
Ela será o quiser
Ela tem a chave do mundo
Ela é dona de si
Ela tem o seu coração.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um tempo ou Agora?
Eu queria um tempo ou agora
Jogar tudo fora
E, talvez não voltar
Correr sob meus limites
Deixar tudo e todos feito lembranças frescas
Eu queria por um tempo ou agora
Apagar as lembranças daquele tempo
Em que fui alguém com olhos aveludados
Que sentia o aroma rosado da vida
Eu queria por um tempo ou agora
Dizer um breve "até logo"
Olhar o horizonte que me cercar
E nada pensar, inferir, refletir...
Eu queria por um tempo ou agora
Deixar as angústias extravasarem pela minha pele
Ultrapassarem as paredes do meu coração
E misturarem-se ao vento
Ventania
Eu queria por um tempo ou agora
Guardar na memória
As minhas palavras
As minhas constantes
As minhas incertezas
Os meus desequilíbrios
Os meus risos
O meus choros
As minhas vitórias
As minhas derrotas
Os meus amores
As minhas desilusões
Guardar
no intuito, a mim
Tendo a certeza de que vivi cada um desses momentos
Por um momento ou por agora.


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Desabafos

Tem hora que penso na vida com medo,
Outras, em que penso nela com certeza.

Questiono-me: Até quando presenciarei as mudanças ao meu redor?
Concluo: Até quando eu desejar aprender.

Todo dia, na vida, é um ensinamento (ou deveria ser, perde quem não busca aguçar os olhos, ouvidos). Quando ando, observo as imagens a minha volta, às pessoas, às vegetações, as flores, a arquitetura, tudo tão lindo que dá medo de perder. Imagino tanta coisa. Imagino-me aos 30, aos 40, 50...90 anos!
Imagino as viagens, Imagino a vida! É tão poder criar essa expectativa, afinal é o combustível para nossa permanência diária.

As vezes, reclamo da rotina, mas quando não estou sob seus delineamentos, sinto saudades. Com a rotina, percebo o quão me aprimora a cada dia. Quão madura me torno, ah é uma sensação de crescimento.

Definitivamente: Estou crescendo, aprendendo e desejando, isso é excelente!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Viver as Estações
...
Quando a chuva cai
Não são as gotas d'água que aparecem
Caem sentimentos de esperança e amor
Em cada rastro, lavam-se as dores
Não são somente as plantas que respiram melhor.
...
Quando a chuva cai
As almas choram de saudade pela vida que se foi
Os olhos caem e mostram a tristeza de não ser
E a face mostra a umidade da emoção.
...
Quando a chuva cai
Não é apenas o sol que vai embora
E o calor dos raios em corpos em movimento
Vão também as desilusões vividas
E encontrar-se é desejo protegido em corações.
...
Quando a chuva cai
A alma está limpa e os corações aquecidos
É maravilhosa a sensação de vivência
Logo, os olhos refletem as luzes
E a pele sente o calor da emoção
Logo, o sol brilha e a esperança renasce
Após a precipitação.
...
Quando eu resolvi deixar a precipitação passar, foram embora, pelas lavaredas das ruas, as dores, o sofrimento, as desilusões. Hoje caminho avistando o sol, recebendo o calor dos raios que irradiam esperança e, é sob essa paisagem, essa natureza que me renovo, que me encaminho e que revivo, a cada dia, a cada momento, pois o continuar é fato.

quarta-feira, 28 de abril de 2010


Nesse lugar só nós dois
Tum, tum, tum. tummmm
Eu procurei palavras doces para te falar
Mas o que encontrei foram flores
Eu vou te dar...
Nos seus olhos eu vejo a verdade
Que coragem...
Em seus olhos eu vejo a minha ânsia
De te amar...
Mas o mundo gira todo segundo
Ahn, ahn, ahn...á
Eu fico aqui a te esperar
Toda com sono
Toda ansiosa
Toda misteriosa
Eu vou te encontrar essa noite
Cadê seu sorriso que coisa linda.
Ele vem chegando...
Ele ven surgindo...
Cadê os olhos para eu me enxergar?
Ele está se abrindo
Bem devagar...
Mas quando passa o anoitecer
O que eu vejo não é você
Cadê seus olhos?
O seu sorriso?
São coisas da minha imaginzação
Porque eu não penso mais em mim
Eu me perco em você
É isso agora
Agora é isso
É eu pensar
E me esquecer
Ahn ahn ahn á
Abre a janela do seu quarto
Minhas lembranças vão passar
Minha vóz vai transmitir
O que o meu coração quer falar
E você vai me ouvir
Tão baixinha, tão querida
Você vai me encontrar
Pois agora quem sonha
É você no meu lugar
Lá Lá Lá Lá Lá
Nã Nã Nã Nã Ná
No meu, meu lugar
No meu, meu lugar
No meu, meu lugar
No meu lugar.
observação: Alguma saudade, alguns resqúicios, "flashs" dos bons momentos que passei em um passado não tão distante.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Olhe e verás? E vês? Será? Não sei.

O poder de olhar, refletir e questionar. Objetos, as vezes, dizem mais do que podemos enxergar.

Descrição

Queria a todo momento

Ou boa parte do tempo

Vestir as vestes brancas da purificação

Lavar minha alma,

Levar à cura meu coração.

Sangrar? Temer? Rezar? Chorar? Sofrer?

Não sei, talvez sentir...

... o gosto amargo das ilusões.

Agora, livre

Talvez perceba...

... o gosto doce da solidão

Chegar em casa

Ver-me, só!

Deitar na cama

Pensar em vão

Quem sabe outrora?

Tirar as vestes

Remendar meu coração

Viver no tempo

Cada segundo

Cada minuto

Cada emoção

Talvez, o todo -

Livre de quem chora-

Se anula

E volto agora,

no mesmo instante

a contemplar meu coração.

Franciny Tavares, Tupã, 22 de março de 2010.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Freedom!

Não há figura melhor, desenho melhor que possa ilustrar a riqueza dos meus próximos dias.

Neles, voarei, conhecerei pessoas novas, novos assuntos, novos lugares...
Neles sorrirei com as novidades!

Voar, voar, voar, viajar, mesmo que com cunho de responsabilidade, é a melhor coisa para mim, neste momentos e em alguns outros. Gosto de me sentir livre!
Gosto de me sentir solta!

Gosto de voar e voltar! Mas voar cada vez mais...

Como digo: "Queria poder ter asas..."

observação: Galerinha do blog que me acompanha, que lê as minhas escritas, e que vêem meus desenhos e expressões, aviso-lhes que ficarei, desde o presente post até, acredito que, o dia 26 de abril sem postar. Mas adianto: virá muita coisa boa!!! Continuem acompanhando. Franzinha.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ela que é dona de si

Ela nunca sabe onde tocam os seus pés
Ela nunca sabe quando começam as estações
Ela nunca sabe distinguir uma ironia de uma afirmação
Ela não sabe como são as horas em inglês
Ela não sabe quando é o dia da nação
Ela não sabe como tocar um violão
Ela não é de ninguém
Ela não é Maria
Ela não é Tereza
Ela é alguém, na sua certeza
Ela sabe qual é o seu nome
Ela sabe qual é o seu tempo
Ela sabe o que a faz feliz
Ela sabe o que é ser feliz
Ela sobe
Ela desce
Ela nunca cai
No seu mundo
No seu viveiro
Na sua casa de vidro
Ela é rainha
Ela é rei
Ela é o que quer ser
Ela será o quiser
Ela tem a chave do mundo
Ela é dona de si
Ela tem o seu coração.
Franciny Tavares,
Promissão, 20 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Momentos de Saudades


É uma mistura de sentimentos
Acordo animada com afagos carinhosos
Vejo sorrisos, acaricio doçuras


Corro para cá,
Corro para lá


Vejo gente querida
Vejo gente amada


Dão-me boas vindas
Dizem que estão com saudades


Relembro momentos
Revejo pessoas
Uma saudade invade
Saudade do que passou


Detalho o presente
Confecciono os projetos
Indago-as


Risadas,
Choros,
Confissões


Descubro que cada vez
Estarei com mais saudades
Estarei mais longe
Podendo estar perto


Algo mudou
Algo floresceu
Eu sou alguém nova
Eu não sou mais as saudades


Cresci
Para tanto deixei
Deixei verdades
Deixei amores


É assim,
Constantemente,
Sentindo que tudo muda
Que eu mudo

Cresci.

domingo, 18 de abril de 2010

Comparação da Ilusão


Ela vê a lua como uma menina olha para o céu
Aspira momentos, encanta-se com canções
Acredita que amores durão a eternidade


Ela caminha pela rua como alguém sem direção
Não olha para os lados
Nao repara nos sinais
Sente a brisa do vento e nada mais


Ela sente o sol como em dias de verão
Queimar forte a pele
Aquecer logo o coração


Ela só não compreende como todas as sensações acabam
Ela só não entende como todas as coisas passam
Ela só não sabe mensurar os reflexos de uma ilusão


Começando pelo céu,
Perdendo a direção
E acabando queimada.


Aquecida ilusão







É só um pedaço






É só um pedaço


Um pedaço do dia que paro

Um pedaço das horas que reparo

Um pedaço dos minutos, caro!


É só um pedaço


Um pedaço dos pensamentos, raro

Um pedaço dos sentimentos, claro

Um pedaço dos desejos: declaro


É só um pedaço


É um pedaço bonito

Um pedaço raro

É um pedaço tranquilo

Um pedaço raro

É um pedaço de encanto


Um pedaço.


observação: Poesia da época em que me encantava. Não sei o por quê de colocá-la agora que não faz mais sentido, não mais existe esse pedaço. Não sei o por quê compartilhá-la, ela traz lembranças boas, tão boas que, hoje, não acredito em seu não sentido. Mas, por meio dela, lembro-me dos dias em que me fizeram sorrir, me fizeram chorar de saudade, me fizeram viver coisas boas. Talvez o sentido dela seja provar o que eu vivi, e ficou para tráz. Mas o fato é que a vida é assim mesmo, as vezes, queremos nos doar, mas não querem receber e vice-versa! ( um desabafo )



Até parece um paraíso?


Padecer? Chego à conclusão de que há pessoas que optam pelo sofrimento. Que padecem porque nasceram para isso! Infelizes porque buscam ser.

Não elogiam, criticam

Não apoiam, desmotivam

Não pensam positivamente, só negativamente

Não são leves, são pesadas

Seus sorrisos são curtos, superficiais

As expressões duras, nada leves...


É triste observar tamanho descontentamento

Hora tristes, hora depressivas


Hora, hora, hora, mas nunca felizes naturalmente.


Chego a pensar: O que as entusiasma? O que as faz sorrir? Será assim para sempre? Uma pena...

Uma vida que é um peso, um descontentamento, não é vida, é desviver!


sábado, 17 de abril de 2010

A verdade, talvez não absoluta: é que a vida é um começar sem fim!


Já parou para pensar quantas coisas na vida tem começo, meio e fim, e recomeço. Cíclico.

Já parou para pensar se as coisas não seguissem esse caminho: Como seria?


Se o começo não tivesse meio, haveria o conhecimento? Pois, algo que, geralmente, está no começo é superficial. Tanto referente a: pessoas, projetos, pesquisas, idéias, enfim, "n" exemplos que justificam a indagação.


Se o meio não caminhasse para o fim, seria o princípio da eternidade? E seria a eternidade o caminho para a felicidade plena? Será que o ser humano, de modo individual, chegaria a esse estágio? Feliz plenamente? Não sei, e é por base nesse desconhecimento que reflito: o fim é a esperança. Sem o fim, não temos a esperança de recomeçar. E recomeçar nos leva a esse ciclo vicioso, porém saudável de entusiasmo, conhecimento e desilusão, mas é com o sofrimento que retiramos nossos principais ensinamentos.


Logo, aqueles que não aceitam sofrer, não aceitam crescer e estão, continuamente, no marasmo, na estática de nada saberem, por não tentarem, por não arriscarem, por apenas serem e talvez, não existirem - no sentido mais amplo da palavra.

Morrendo
Procurei perfume em flores com espinhos invisíveis.
Pensei que eram doces suas pétalas,
Pensei que fossem reais suas cores,
A princípio eras.
Depois de não mais perto,
Suas pétalas murcharam,
Sua docilidade amargou-se,
E restaram os espinhos!
Agora,
Estou a cicatrizar!

Cadê o eixo do meu equilíbrio?


Intensamente, viver.

Intensamente, sonhar.

Extravasar as emoções.


Caminhar e correr?

Pular e saltar?

Falar e gritar?


Ah, essa minha conduta...

Se não é a melhor

Também não é a pior.


Não quero ser o alvo

Mas não ligo sobre os dizeres


Pois todos os dias quando eu olhar o céu

Eu verei a luz do sol,

Logo, não precisarei mais de respostas.


É ótimo perder-se quando se sabe onde se achar!

E se de repente não,

Não temas!


Alguém te acha!


Observação: De repente, tardiamente, a gente percebe que deixar as condutas, costumes e cordialismos, levam a linguagem da paz e da felicidade. Singular felicidade: dispertar o ópio dentro de si e viver o ócio - a liberdade!


Que venham mais momentos assim.