quarta-feira, 23 de junho de 2010


Queria a pureza desse gesto
A pureza desse olhar.
Ah, faz-se lembrança.

domingo, 20 de junho de 2010

O Saber do meu tempo: o nada

Quem sabe uma hora
Eu vá embora sem pressa de me encontrar

Quem sabe uma hora
Eu veja em outrora
As respostas claras para o "tum tum tum" do meu pulsar

Quem sabe uma hora
Eu veja no relógio os ponteiros exatos para o meu renascer

Quem sabe uma hora
Eu vá mesmo embora, e assim, partida, saberei:
Que na hora da minha presença: nada sou.

Franciny Tavares

quinta-feira, 10 de junho de 2010


Espaço vago entre o peito e a emoção: vazio
Palavra de covardia e humana: medo
Esperança em dias de nuvens e cinza: recomeço
Sentimento de estar só diante de tudo e todos: solidão
Auta-reflexão e análise: auto-conhecimento
Sentido único da vida e temido: final
Mistério bem sucedido: vida
Projeto de amor e paixão plena: ilusão
Busca caminho e luz: incrédulo
Busca e olha somente a si: egoísta
Não se percebe e se doa ao outro: altruísta
Indefinido, Indeterminado e Individual: humano

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Realmente, hoje, quero enaltecer-me em palavras, gestos e observações.
Talvez, apenas hoje, fui a manhã fria que cala as vozes despertadas.
Talvez, apenas hoje, fui como o meio do dia que alimenta o cotidiano
Talvez, apenas hoje, fui o final da tarde de outono fria e gélida a causar
calafrios aos corpos em mudança de temperatura.
Talvez, apenas hoje, fui a brisa, o calor, o frio, fui um conjunto de emoções.
Novamente, amanhã, serei alguém cheia de emoções, sensações e pensamentos
Ora vagos, ora completos
Ora compreensíveis, ora inimagináveis,
Novamente, alguém em mudança constante:
Alguém nômade caminhando por direções plenas
Alguém livre numa cadeia de grades invisíveis
Alguém em busca de respostas
Alguém em busca de tudo e de nada
Cheia de antíteses, hipérboles e pleonamos
Viciada em sonhos e emoções
Sob o caminho de luz, turvo e distante
A espera de se encontrar...
A espera de se compreender...
Ao encontro de si
E com a percepção de que:
A vida é feita de caminhos onde o tudo e o nada estão na mesma direção.

se te encontras sob a cabiceira a pensar em quem és e aonde queres estar
parabenizo-te,
alguns deixam de procurar por si e passam a viver o outro,
sem ao menos se sentir
sem ao menos se encontrar
alguns sentem medo de viverem sentimentos
por medo de perderem os limites vazios
de uma alma insegura, fria, mas cheia de vontades de amar.
Ame a ti,
só assim poderás ceder ao outro.
Frase refletida do dia: Não esqueça de reparar na simplicidade: a genealidade está no respirar, no observar e no cultuar do vivo, tocável e admirável.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Mau Plágio

Eu odeio me pegar pensando em você, mesmo depois da amargura que me causou
Eu odeio querer ter notícias suas, mesmo não querendo lembrar da sua existência
Eu odeio cada pedaço de mim quando quer te encontrar, mesmo não conseguindo baní-lo de mim
Eu odeio perder o controle de mim mesma
Eu odeio esse estágio de pura burrice em que me encontro ainda
Eu odeio perceber que ainda sou fraca
Eu odeio todo esse sentimento teimoso que ainda persiste em estar aqui
Eu odeio ter que perder o meu tempo para me iludir com você
Eu odeio tanto essa minha incapacidade de superar, rapidamente
Eu, realmente, odeio. Porque eu sempre evitei, sempre me protegi e quando eu abaixei a guarda, houve a desilusão.
Não que eu acredite em contos de fadas, eles nunca existiram na minha vida
Não pude sonhar, enquanto alguns brincavam na sua infância, tive que aprender a me virar, tive que aprende a sorrir querendo chorar, desde cedo. Isso me fortaleceu, e me ajudou a criar armaduras, mas que ainda falham, ainda me deixam na mão por uma miragem de felicidade instantânea.
Odeio ainda mais porque mostrei-me em alma, minhas fraquezas, minhas forças.
Só consigo odiar esse estágio patético.


Que sáia logo de mim, toda essa bobagem.